A diversidade é o que nos define enquanto humanidade. Ao projetarmos para um “padrão” excludente, negamos a realidade de muitos, ignorando necessidades de quem foge a esses padrões. Inovamos verdadeiramente quando celebramos a diversidade e garantimos acessibilidade e dignidade como direitos, não como concessões. Inclusão deve ser um padrão e não um extra. Por muito tempo, o design viu a deficiência através da lente de diagnósticos, limitando-se a aspetos técnicos. Devemos agora concentrar-nos na experiência verdadeira de quem vive essa realidade, valorizando todos os corpos, independentemente de deficiência, género, raça ou outras características. Cada pessoa merece ser vista, respeitada e incluída.
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INCLUSÃO DA DIVERSIDADE HUMANA PARA O DESIGN E NA SOCIEDADE
A nossa solução é clara, projetar para todos, de forma inclusiva e abrangente. Isso significa que cada espaço, produto e sistema deve ser construído com a diversidade humana como ponto de partida, não como uma adaptação posterior. O design inclusivo deve considerar diferentes corpos, habilidades e realidades sociais. Que cada cadeira, edifício, aplicativo ou serviço seja desenvolvido com a proposta de que as diferenças não são abordadas, mas a norma.
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COMPROMISSO COM A ACESSIBILIDADE E A DIGNIDADE UNIVERSAL
Convocamos governos, empresas, designers, engenheiros e cidadãos para assumir a responsabilidade de criar um mundo onde todos possam participar igualmente, sem adaptações tardias ou provisórias. A verdadeira inovação nasce quando projetamos para todas as realidades, com acessibilidade como compromisso ético e obrigação social.
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DESIGN CENTRADO NA EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL
Necessitamos de ouvir as próprias pessoas com deficiência. Elas são as especialistas das suas próprias vidas, das barreiras que enfrentam, dos recursos que precisam e das soluções que funcionam. Propomos que o design inclusivo comece com a experiência humana, não com avaliações clínicas. Convocamos designers para nos aliciarmos diretamente com pessoas com deficiência como cocriadoras, trazendo à tona uma perspectiva rica em empatia, inovação e prejuízos. É imperativo que o design seja um espelho da diversidade e que atue como agente de mudança.
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PELA VALORIZAÇÃO E INCLUSÃO DE TODOS OS CORPOS
Determinamos que todos os corpos sejam representados e valorizados igualmente na sociedade. Exigimos políticas, design e cultura que promovam inclusão, eliminando barreiras físicas, sociais e culturais. Que espaços e produtos acolham a pluralidade dos corpos e identidades. Convocamos líderes, educadores, criadores e cidadãos a reconhecer o valor único de cada indivíduo, promovendo uma sociedade que celebre a diversidade. A inclusão nasce do respeito, e a dignidade é um direito de todos.
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LEGIBILIDADE É IMPORTANTE PARA TODOS
Exigimos que textos, sinalizações e conteúdos sejam acessíveis a todas as pessoas, independentemente das suas habilidades visuais ou intelectuais. Legibilidade não deve ser uma questão de opção, mas sim um dever imprescindível em todos os espaços, produtos e serviços.
Rejeitamos modelos que apagam a diversidade humana e convocamos profissionais de todos os setores a assumirem a responsabilidade de tornar cada pessoa vista, respeitada e incluída. A inovação verdadeira ocorre quando projetamos para todas as realidades, com acessibilidade como compromisso ético e obrigação social, não uma opção. Defendemos um modelo social e inclusivo de deficiência, onde o design nasce da colaboração com pessoas com deficiência, priorizando diálogo, escuta ativa e parceria para criar espaços, produtos e serviços verdadeiramente inclusivos. Posto isto, como é que cada um de nós nas nossas áreas de trabalho e quotidiano, podemos assumir o compromisso de tornar a acessibilidade um valor essencial e não uma mera opção?