Ao compreender o profundo impacto do design nos direitos humanos, podemos trabalhar para um futuro em que a criatividade e a inovação são aproveitadas para construir um mundo mais justo e inclusivo.
Considerando que direitos humanos devem ser parte integrante do processo de design, não uma reflexão integrada na sua concepção posterior, os designers têm uma oportunidade única de estar na vanguarda da mudança social positiva. Analisando o histórico do design e a forma que foi implementado na sociedade é evidente a oportunidade de uma melhoria em várias questões nomeadamente humanitárias. Atualmente algumas ferramentas criadas pelo design tornam-se empecilhos na unificação de auxiliar a população, este não deveria depender das suas circunstâncias físicas, culturais, filosóficas etc. As soluções, que deveriam atender a todos, são aplicadas para favorecer apenas as normas aceitas socialmente. Para quem está fora desse padrão, resta adaptar-se, o que acaba enfraquecendo o propósito de um design inclusivo.
Do nosso ponto de vista é necessário instituir um design que não se limite à norma e que não se deixe levar por estigmas, precisamos de soluções práticas e acessíveis, que se adaptem a uma função e a todos que a necessitam. Deste modo é necessário aceitar a diversidade humana.
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Acessibilidade e diversidade
O design deve ter em mente criar produtos e experiências que sejam acessíveis a todos, independentemente de suas habilidades físicas ou cognitivas. Utilizando diferentes soluções para perspectivas diversas, representando as diferentes vivências e culturas, para garantir que ninguém seja excluído.
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Participação e feedback contínuo do público afetado pelo Design
As pessoas afetadas pelo design devem de ser incluídas e ativas no processo de criação. Utilizando sempre o feedback para entender as necessidades e experiências das mesmas, incorporando essas vozes no desenvolvimento de projetos de design.
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Desafiar estereótipos
Olhar para um problema de forma neutra invés de seguir um padrão já estipulado, incentivando a experimentação e a inovação por meio de abordagens criativas que considerem diferentes perspectivas culturais e sociais no processo de design.
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Educação e sensibilização
Implementar na educação e formação dos designers a importância da diversidade e da inclusão, estimulando a reflexão sobre preconceitos e estereótipos.
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Defesa e ativismo
Encorajar designers a se tornarem defensores de mudanças sociais através do seu trabalho, utilizando o design como uma ferramenta para promover a equidade e a justiça.
Queremos apelar pela empatia e cooperação dos demais, onde todos podemos participar. Podendo partir de uma situação a ser solucionada, onde seremos as vozes do problema ou ponto que busca a melhoria.
Analisar o problema em si e aplicar mudança eficaz e direta ao invés de propagar o que é conveniente ao previamente definido. Devemos incluir de forma mais eficiente as vozes para quem nos dedicamos com o nosso trabalho. Enquanto designers devemos promover e transmitir valores éticos, como a igualdade e a justiça.